Tolerância ao estresse salino de variedades crioulas de feijão-caupi

Tolerância ao estresse salino de variedades crioulas de feijão-caupi

• Autor
• Layla Bruna Lopes Reges
• Co-autores
• Miguel Ferreira Neto , Saulo Samuel Carneiro Praxedes , Aline Torquato Loiola , Gleydson Dantas Jales
• Resumo

• O feijão-caupi é a principal cultura de subsistência da região Nordeste do Brasil, onde a restrição de água e a salinidade são fatores limitantes. A identificação de variedades tolerantes ao estresse salino pode auxiliar na expansão da cultura, além de melhorar o rendimento dos cultivos. Objetivou-se estudar os efeitos da irrigação com água salina na emergência e desenvolvimento inicial de variedades crioulas de feijão-caupi. O experimento foi realizado em casa de vegetação, usando o delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 23 x 2, composto de 23 variedades de feijão-caupi (Canapu Vermelho; Boquinha; Pingo de Ouro; Sempre Verde; Ceará; Baeta; Manteiga; Roxão; Costela de Vaca; Feijão Branco; Coruja; Rabo de Peba Branco; Sopinha; Canapu branco; Lisão; Canapu miúdo; Sempre Verde Ligeiro; Vagem roxa; Ovo de Peru; Rabo de Peba Miúdo; Feijão Azul; Canário e Paulistinha), e dois níveis de salinidade da água de irrigação (S1 = 0,5 e S2 = 5,5 dS m-1), com quatro repetições de 50 sementes. As plântulas foram avaliadas quanto à emergência, o vigor, o índice de tolerância à salinidade e quanto à dissimilaridade. Foi avaliada a tolerância à salinidade dos genótipos por meio de testes de emergência. As soluções utilizadas na irrigação foram preparadas com adição de sais à agua destilada, utilizando-se NaCl, CaCl22(H2O) e MgCl2.6(H2O) na proporção de 7 x 2 x 1, respectivamente, os quais compõe íons de sais nas fontes de água utilizada para irrigação. Inicialmente, as sementes foram acondicionadas em bandejas de polietileno de 200 células, preenchidas com substrato inerte a base de fibra de coco. A irrigação foi realizada pelo sistema de irrigação de mudas do tipo floating. O aparato foi instalado sobre um tablado de madeira (1,5 x 1,0 m) de 0,25 m de altura, um para cada salinidade. Cada parte foi recoberta com lona plástica, formando uma micro piscina com capacidade para acondicionar duas bandejas. Durante a condução do experimento a emergência das sementes de feijão-caupi foi monitorada por meio de contagens diárias do número de sementes germinadas, ou seja, com emissão da radícula, sem que estas fossem descartadas, obtendo-se, portanto, um valor cumulativo. Dessa maneira, o número de plântulas emergidas referentes a cada contagem foi obtido subtraindo-se do valor lido com o valor referente à leitura do dia anterior. As variáveis analisadas foram: percentagem de emergência (PE) (%); comprimento da raiz primária e da parte aérea das plântulas normais de cada repetição em (cm plântula-1), matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca da raiz (MSR) e matéria seca total (MST) (MSPA + MSR), com dados expressos em mg. O aumento da salinidade da água de irrigação reduziu a emergência, o vigor e acúmulo de massa seca das variedades de feijão-caupi. As variedades de feijão-caupi Lisão, Costela de Vaca, Canário, Feijão Branco, Ceará e Boquinha são as mais tolerantes à salinidade, enquanto que as variedades Sempre Verde e Manteiga são as mais sensíveis à salinidade.

• Palavras-chave
• Vigna Unguiculata, Estresse Salino, Irrigação, Fisiologia Vegetal.
• Área Temática
• Ciências Agrárias

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